Comunicado sobre os Serviços Mínimos dos Técnicos Superiores e Especializados da Educação

O SNP tem como princípio fundamental a defesa dos direitos dos/as trabalhadores/as, estando portanto contra os serviços mínimos, decretados de forma vaga, dando origem a muitas interpretações abusivas. Incentivamos assim as/os nossas/os associadas/os a comunicar qualquer atropelo durante o exercício dos serviços mínimos, garantindo-se que não deverão cumprir funções de outros/as trabalhadores/as, como por exemplo, não está nas funções dos/as psicólogos/as supervisionar os recreios, estar em sala de aula na ausência de um/a docente, servir refeições.


De facto, com a sua declaração, o Tribunal Arbitral acaba por pôr a nú a precariedade que se vive na Escola Pública, uma vez que em inúmeras situações são as/os trabalhadoras/es precárias/os a assegurar os serviços mínimos, os tais considerados essenciais para o funcionamento das instituições, sendo portanto incontornável o que desde sempre defendemos:

- Psicólogas/os Escolares, e ademais técnicas/os superiores, são necessidades permanentes nas Escolas;

- a relevância de uma carreira distinta, dos/as restantes profissionais da Escola, para os/as técnicos/as superiores.


O Ministério da Educação continua a procurar transmitir aos/às trabalhadores/as das Escolas confusão e medo, com a estratégia de sempre do dividir para reinar. Em contraponto, o SNP mantém as suas convições em defesa das/os Psicólogas/os Escolares, do seu direito ao trabalho com direitos.


Continuamos em luta:

- Recuperação da carreira e abertura de concurso nacional para as/os Psicólogas/os Escolares, acabando definitivamente com os vínculos precários, as dificuldades na mobilidade, as contratações anuais e à mercê de cada Agrupamento de Escolas e as injustiças no reposicionamento remuneratório;

- O fim da dependência de planos e projetos comunitários, que só promovem a precariedade e criam procedimentos burocráticos desnecessários;

- O aumento do rácio psicóloga/a-estudante de forma justa e equitativa pelo território nacional;

- Uma efetiva regulação que garante a autonomia técnica e científica dos/as psicólogos/as escolares, tutelada a nível central e não entregue a autarquias através da descentralização dos serviços técnicos das Escolas, que se entende ser um processo pouco transparente e apenas focado na poupança financeira, bem como no esvaziamento das funções centrais do Estado.


Por um Sindicato mais forte, SINDICALIZA-TE, LUTA, ORGANIZA-TE!